quarta-feira, 24 de junho de 2015

Eu não sou a única que Deus deseja usar

É assustador quando o médico anuncia a um paciente que ele só tem pouco tempo de vida. Ainda mais apavorante é a situação de um condenado à morte com a execução agendada para determinado dia e hora. E se o juiz que pronuncia essa sentença for o próprio Deus, ela certamente é definitiva. Esta foi a situação de Moisés quando ele contempla Canaã e morre (Deuteronômio 34:1.12). Que sentimentos poderia haver no coração de Moisés àquela altura? Arrependimento por ter tido um momento de falta de fé quando duvidou que Deus forneceria água se ele falasse a uma rocha (Nm 20.8-12)? Alívio por ter cumprido a sua missão? Alegria por saber que se encontraria com Deus? Tristeza por ter de deixar outra pessoa liderar o povo para entrada da Terra Prometida? Não posso imaginar o que estaria passando na vida de Moisés depois de tantas experiências que ele teve com Deus.

Quando Moisés nasceu, teve que ser escondido para não ser morto. E na morte, no fim da vida, Deus o levou para sepultá-lo pessoalmente. Deus estava presente naquele momento, tal como estava em todos os momentos da vida dele. Os versículos 10 e 12 nos dão uma ideia da grandeza desse servo de Deus.
Ao olhar para este relato, fico a pensar sobre o que Deus acha da minha vida e sobre o que eu mesma faço dela. Deixar outra pessoa concretizar minha missão é um sinal de continuidade; de que, apesar de me esforçar para ser uma bênção, não sou a única pessoa que Deus pode usar para cumprir os Seus propósitos. Para tanto, preciso ter humildade suficiente para reconhecer que Deus sabe muito mais do que eu sobre a minha vida (Pv 16.1), que devo fazer de tudo para trabalhar agradando a Deus e já preparar outras pessoas para assumir o meu lugar, para dar prosseguimento ao que foi começado e está andando. E não ser orgulhosa, achando que sou a única que posso fazer o que Deus quer.

É bom procurar ser útil, mas seria mal achar-se indispensável.

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